domingo, 2 de janeiro de 2011

Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, visita obras do Templo de Salomão

O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, visitou, nesta quarta-feira (01), o terreno onde será construída a réplica do Templo de Salomão, localizado no bairro do Brás, zona leste da capital paulista. Ele foi recebido pelo bispo Edir Macedo, que explicou detalhes sobre a mega construção. Acompanhado pelo secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Elton Santa Fé Zacarias, o prefeito visualizou a maquete do templo e assistiu a um vídeo que mostra um passeio virtual dentro da futura construção, que terá lugar para 11 mil pessoas sentadas.
Durante as explicações, Kassab quis saber onde ficariam os estacionamentos dos ônibus e quantas saídas de emergência seriam feitas. De acordo com o arquiteto responsável pela obra, Rogério Silva, além do estacionamento do templo, que terá capacidade para mais de mil veículos, outros três serão locados para atender a demanda. Além disso, o local será todo cercado por diversas saídas. “Nós contamos com 100 profissionais diretos trabalhando neste projeto e mais 2 mil terceirizados envolvidos indiretamente, pois como buscamos a certificação verde, estamos investindo na implementação do uso racional e reaproveitamento da água, eficiência energética, materiais com maior porcentagem de componentes recicláveis e na qualidade do ar”, explicou o arquiteto ao prefeito.

Após conferir o projeto, Kassab afirmou que o novo templo terá um grande impacto positivo, não somente para a zona leste, mas para toda a cidade. “Acredito que a obra estará vinculada ao turismo da cidade, pois será um ponto de visitação por suas características. Muitos que moram aqui vão querer conhecê-la, pois será uma igreja grandiosa, repleta de modernidade e, mais do que isso, que procura ser construída de maneira análoga ao que foi construído séculos atrás. Será um templo onde as pessoas poderão orar com serenidade, paz e conforto”, declarou.
Perguntado a respeito da repercussão que a notícia da construção do templo ocasionou em todo o mundo, o bispo Macedo disse não se preocupar com o que dizem as críticas: “A polêmica sempre houve e haverá, pois no momento em que a luz se manifesta, as trevas têm de se revoltar. Sempre que a justiça se manifesta, desagrada àqueles que vivem na injustiça. Quem vive na fé, vive na guerra. A fé existe para levar a pessoas à justiça e a uma qualidade de vida que Deus planejou para elas. Aqueles que vivem da miséria alheia e criticam, o problema é deles.”

De acordo com o bispo, o objetivo do templo será restaurar a fé do antigo testamento e uni-la à fé do novo testamento. “A fé abraâmica com a fé cristã vão se fundir neste templo. Será algo glorioso. Este templo será usado como na época de Jesus, em que as pessoas vinham até Ele determinadas do que queriam e recebiam. Assim será também; elas chegarão aqui, vão falar com Ele e receber o que pedirem”, afirmou.

Para alguns comerciantes da região, a construção terá uma representatividade mais do que espiritual. Edson Ferreira, de 48 anos, é dono de uma lanchonete que fica em frente às futuras instalações da Igreja. Ele conta que, há 10 anos, escolheu o ponto, pois havia ouvido rumores sobre as obras. “Eu ouvi falar que iriam construir uma mega igreja, então, decidi abrir algo bem em frente. Desde já, tenho visto o aumento do número de clientes”, diz.

Há 1 ano, o empresário Moisés dos Santos abriu uma loja de roupas também em frente ao local e diz que a escolha do lugar se deu após saber da construção.”Normalmente, quando se abre uma Igreja Universal, costuma haver um desenvolvimento na região e grande fluxo de pessoas, ainda mais sendo uma Igreja que comportará uma multidão. Eu quis garantir meu ponto, pois sei que depois que inaugurar, o local será bem mais valorizado e caro”, declara.

Para construção da réplica do Templo de Salomão, Igreja Universal terá que fazer obras no trânsito

Reconhecida pela concentração de igrejas, sobretudo entre os número 499 e 600, a Avenida Celso Garcia, no Brás (região central de São Paulo) vai ganhar uma réplica do templo de Salomão. Com capacidade para 10 mil pessoas e estacionamento para 1.587 veículos, o megaempreendimento deve complicar o trânsito. Por isso, a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) terá de fazer 11 melhorias viárias no entorno.

Um terreno no quadrilátero formado pela Avenida Celso Gracia e pelas Ruas Júlio César da Silva, João Boemer e Behring vai abrigar uma igreja e a nova sede mundial da Igreja Universal, conforme mostrou ontem a Coluna Direto da Fonte. As obras do novo templo, que ainda não tiveram início, já receberam licença da Prefeitura. A previsão é concluí-las até 2014. Para amenizar o impacto no trânsito, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) determinou basicamente a colocação de semáforos para travessia de pedestres e sinalização no entorno. As medidas obedecem leis vigentes de 1987 – a certidão de diretrizes de trânsito para o novo empreendimento foi emitida pela companhia em 2008.

Deverão ser instalados semáforos e equipamentos para travessia de pedestres em vários cruzamentos próximos do conglomerado, com rede interligada. Será preciso ainda instalar guias rebaixadas para deficientes físicos, câmera com gravador de DVD em poste integrado ao sistema de controle da CET, iluminação específica nas faixas de pedestres em alguns cruzamentos, melhorar e implementar sinalização no solo das vias próximas e também sinalização vertical (placas), além de gradil para direcionar pedestres às faixas. Deverá também ser feito um convênio permanente para estacionamento de 50 ônibus fretados nas redondezas.

Especialistas. Mas impacto no trânsito não envolve apenas as vias no entorno, mas as ruas próximas e também o transporte público, segundo especialistas em trânsito. “As medidas recomendadas pela CET vão dar segurança pontual nas vias ao lado da nova igreja. Mas os pontos próximos terão problemas”, observa o engenheiro de tráfego e ex-técnico da CET Alexandre Zum Winkel.

Ele destaca que o maior impacto será sentido nos horários de entrada e saída dos cultos e os gargalos vão ter reflexos pela região central. “O impacto será elevado porque haverá concentração tanto de carros e ônibus como também de usuários de transporte coletivo, principalmente dos ônibus que fazem linha na Avenida Celso Garcia”, explica Winkel.

“Na Celso Garcia, não passa mais do que 800 veículos por hora e por faixa num semáforo. Imagina quando o volume de veículos crescer, com o pessoal indo para os cultos. Ficará travado, a não ser que se faça uma operação especial nas redondezas e se deixe os semáforos abertos”, diz o consultor Horácio Figueira.


Fonte: Arca Universal

Um comentário:

Anônimo disse...
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